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Nos desfiladeiros da estrada que corre próxima ao vilarejo de Burrington, na Inglaterra, há uma rocha particular, que foi marcada com uma placa singela, na qual se lê: “Rock of Ages” (rocha eterna). Naquele local, diz a tradição, o pastor anglicano Augustus Toplady, em 1763, se abrigou de uma tempestade e, enquanto ali permanecia, meditou na proteção que o Senhor Jesus Cristo, a Rocha Eterna, lhe proporcionava em relação à ira de Deus. O episódio nos remete à ocasião em que Moisés não foi consumido pela glória de Deus ao se esconder na fenda da penha (Êxodo 33.17 – 23) e nos lembra que é Jesus o nosso abrigo, a Rocha sobre a qual devemos construir (Mateus 7.24 – 27), aquele que nos livra da ira vindoura (1 Tessalonicenses 1.10). A experiência do Rev. Toplady foi transmitida ao mundo nas palavras do hino por ele escrito naquela ocasião, o hino “Rocha Eterna” (nº 136 do Hinário Novo Cântico).

Há várias versões desse hino em português. Em minha opinião, a que melhor traduz as ideias originais é a versão oferecida pela Harpa Cristã, hinário das Assembleias de Deus. A segunda estrofe diz o seguinte: “Minhas obras, eu bem sei, nada valem ante a lei; se eu chorasse sem cessar, trabalhasse sem cansar, tudo inútil, tudo em vão! Só em Ti há salvação”. O ensino desta letra é um importante lembrete de que nada podemos fazer pela salvação de nossa alma. Não existe abrigo capaz de prover proteção eterna, que não seja o Senhor Jesus.

Essa história traz uma lição muito importante para nossos tempos de pandemia. Toplady estava mais preocupado com a salvação de sua alma do que com o perecimento de seu corpo naquela tempestade. E o mesmo deve acontecer conosco. Não permita o Senhor que, abrigados da tempestade, ou protegidos da pandemia do coronavírus com qualquer tipo de segurança terrena (convênio médico, reservas financeiras, boa saúde), pensemos estar verdadeiramente salvos. A proteção de que precisamos está em Cristo. Ainda que a tempestade nos alcance, estamos eternamente salvos n’Ele. Que nossa canção também seja: “Rocha Eterna, meu Jesus, quero em Ti me refugiar!”

Rev. Marcio Alonso