Mesmo diante de todo infortúnio, adversidade e tristeza que o mundo passa com essa pandemia, você agradeceu a Deus, essa semana, por ter sido preservado e ter sido alvo do amor dEle? Talvez, você se entristeça ao se lembrar de irmãos queridos que parecem não ter sido alvos desse amor e preservação de Deus, afinal eles se foram como vítimas deste surto pandêmico. A dor, de fato, é dilacerante. Mas, observe, que o que desejo tratar é de uma preservação e amor que vão além da saúde física e que nos garantem vida plena e eterna.
Em nossa jornada pela história da redenção, vimos que o cenário da nossa narrativa é o universo criado por Deus. A humanidade foi sua criação mais elevada. No universo que Deus criou como manifestação de sua glória, Ele, o personagem principal, reina! E nós, criados a sua imagem e semelhança, fomos colocados no mundo para administrar seu reino a seu favor. No entanto, na queda, mediante o ato histórico de nossos primeiros pais, Adão e Eva, toda raça humana se rebelou contra o Criador!
Por causa do pecado, a comunhão com Deus foi destruída, o domínio humano encontra oposição e os seres humanos enfrentam a morte inevitável (Gn 3.16- 19). Contudo, entre as trevas da maldição, surge a esperança do descendente da mulher que viria esmagar a cabeça da serpente. A história prossegue, Eva dá à luz. Mas Caim se mostra um descendente da serpente, matando seu irmão. Deus levanta Sete (Gn 4.25 26), que ocupa o lugar do justo Abel como um testemunho da bondade de Deus agindo na raça humana. A linhagem ímpia de Caim contrasta com a linhagem de Sete. O sétimo da linhagem de Caim Lameque andou no caminho de Caim, e o sétimo na linhagem de Sete, Enoque, “andou com Deus?” As duas linhagens movem-se em direções opostas.
O compromisso de Deus com sua criação é patente na preservação da humanidade e no estabelecimento de uma linhagem de pessoas que são o alvo do amor redentor especial de Deus. Aqui temos a igreja e o mundo, separados um do outro por meio de uma profunda diferença moral, determinada pelo relacionamento que cada um tem com Deus e que tem origem e sustentação no próprio Deus.
Se você faz parte do povo de Deus é porque o Senhor te preservou; então, você tem a maior prova de amor que Deus pode dar. E assim, como o outro Lameque (da linhagem de Sete), aguardamos o advento daquele que nos consolará eternamente (Gn 5.29), inaugurando uma nova terra e novos céus. Em Cristo, a morte não tem a última palavra. Nele somos plenamente amados e preservados de uma vida de pecado e da morte eterna. O que aconteceria, no entanto, se essas duas linhagens se misturassem? Acompanhe a resposta, nos próximos capítulos dessa história…
Rev. Marcos Cleber
