O Messias chegou! Após longos anos de trevas, o Sol da Justiça raiou. A promessa apregoada pelos profetas se cumpriu. O Verbo se fez carne e habitou entre nós. “Não temais; eis aqui vos trago boa nova de grande alegria, que o será para todo o povo: é que hoje vos nasceu, na cidade de Davi, o Salvador, que é Cristo, O Senhor” (Lc 2.10). Outrora vivíamos escravizados pelas concepções mundanas; controlados pelo espírito que atua nos filhos da desobediência; servos da nossa vontade pecaminosa (Ef 2. 2-3). Estávamos alienados de Deus. A graça libertadora, no entanto, nos alcançou (Ef 2.4).
Por meio de sua vida, morte e ressurreição, Jesus rompe as correntes do inferno que nos prendiam. Nosso Senhor declarou: “O Espírito do Senhor está sobre mim […] enviou-me para proclamar libertação aos cativos…” (Lc 4. 18). No livro “Deus é o Evangelho”, John Piper faz a seguinte ilustração: Imagine prisioneiros de guerra detidos em um acampamento cercado com arame farpado, pouca alimentação e condições de imundície. Do lado de fora, aqueles que os capturaram estão livres e fazem os seus negócios como se não tivessem qualquer preocupação. Então, de alguma maneira, uma mensagem de rádio chega clandestinamente em uma das barracas. Um dia, aqueles que os capturaram veem algo muito estranho. Do lado de dentro da cerca, os soldados fracos, sujos e não barbeados estão sorrindo, e uns poucos que ainda têm vigor dão gritos de alegria. O que torna isso bastante estranho para todos que se acham do lado de fora da cerca é que nada mudou. Esses soldados ainda estão em cativeiro; ainda têm pouca alimentação e água. Entretanto, o que aqueles que os prenderam não sabem é que esses soldados têm novas. A batalha decisiva de libertação foi travada. A as tropas libertadoras estão a poucos quilômetros do acampamento. A liberdade é iminente.
De igual modo, os crentes ouviram as novas de que Cristo veio ao mundo, travou a batalha decisiva e venceu Satanás, o pecado, a morte e o inferno. As boas-novas não dizem que o inferno, a morte, o pecado e o sofrimento não existem. As boas-novas afirmam que o próprio Rei veio, esses inimigos foram vencidos, e, se cremos no que Ele fez e promete, escaparemos da morte eterna, veremos a glória de nosso Libertador e viveremos com Ele para sempre. Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres (Jo 8. 36).
Rev. Marcos Cleber S. Siqueira