Pular para o conteúdo

Ansioso, eu?

A ansiedade atormenta sete a cada dez brasileiros, de acordo com o Instituto de Pesquisa e Orientação da Mente. Ela é caracterizada pela agitação, apreensão e falta de sossego, provocando mal-estar e constante tensão. A ansiedade pode ser definida por desejar muito e, ao mesmo tempo, duvidar da realização daquilo que se espera. A ansiedade é um mal antigo. Milênios atrás, Jesus já havia declarado: “não andeis ansiosos pela vossa vida” (Mt 6.25).

𝗝𝗲𝘀𝘂𝘀 𝗶𝗱𝗲𝗻𝘁𝗶𝗳𝗶𝗰𝗮 𝗮 𝗶𝗻𝘂𝘁𝗶𝗹𝗶𝗱𝗮𝗱𝗲 𝗱𝗮 𝗮𝗻𝘀𝗶𝗲𝗱𝗮𝗱𝗲. Qual de vós, por ansioso que esteja, pode acrescentar um côvado ao curso da sua vida? (Mt 6.27). A ansiedade é inútil, pois, por mais ansiosos que estejamos, não conseguiremos acrescentar sequer alguns centímetros ao curso da nossa vida. A ansiedade não nos capacita para o combate, antes, mina as nossas forças. Ela não nos ajuda na resolução dos problemas. Aquilo que parece difícil torna-se ainda mais nebuloso visto pelas lentes da ansiedade.

𝗝𝗲𝘀𝘂𝘀 𝗶𝗱𝗲𝗻𝘁𝗶𝗳𝗶𝗰𝗮 𝗮 𝗰𝗮𝘂𝘀𝗮 𝗱𝗮 𝗮𝗻𝘀𝗶𝗲𝗱𝗮𝗱𝗲. Os gentios — aqueles que não conhecem a Deus — é que ficam ansiosos quanto ao que comer, beber e vestir (Mt 6.32). Dentre as várias causas da ansiedade que poderíamos pontuar, a incredulidade é a principal. Em um artigo sobre o assunto, o Rev. Hernandes Dias Lopes afirma: “Ficamos ansiosos porque duvidamos que Deus é suficientemente bom e sábio para cuidar de nossa vida. Ficamos ansiosos porque tentamos tomar o destino de nossa vida em nossas próprias mãos. Só temos duas opções: descansamos na bondosa providência de Deus ou seremos estrangulados emocionalmente pela ansiedade”.

𝗝𝗲𝘀𝘂𝘀 𝗶𝗱𝗲𝗻𝘁𝗶𝗳𝗶𝗰𝗮 𝗮 𝗰𝘂𝗿𝗮 𝗱𝗮 𝗮𝗻𝘀𝗶𝗲𝗱𝗮𝗱𝗲. “Observai as aves do céu: não semeiam, não colhem, nem ajuntam em celeiros; contudo, vosso Pai celeste as sustenta. Porventura, não valeis vós muito mais do que as aves? (Mt 6.26).” Se o veneno da ansiedade tem como ingrediente principal a incredulidade, logo sabemos que a fé é o antídoto. Spurgeon afirmou: “Um jeito alegre de acalmar a tristeza, quando sinto que ‘Ele cuida de mim’. Cristão! Não desonre a religião mantendo uma testa franzida de preocupação; venha, entregue seu fardo ao seu Senhor”.

Deus cuida de seus filhos! Confiemos e repousemos nossos corações aflitos nessa verdade. Faça uma introspecção. Semelhante ao salmista, pergunte: “Por que estás abatida, ó minha alma? Por que te perturbas dentro de mim?”. Pregue para seu coração “Espera em Deus, pois ainda o louvarei, a ele, meu auxílio e Deus meu” (Sl 42.5). “Não andeis ansiosos de coisa alguma; […] sejam conhecidas, diante de Deus, as vossas petições, pela oração e pela súplica, com ações de graças” (Fp 4.6). Lancem sobre ele toda vossa ansiedade, porque ele tem cuidado de vós (1Pe 5. 7). E a paz de Deus, que excede todo entendimento, guardará o vosso coração!

Rev. Marcos Cleber Siqueira