Uma das figuras mais importantes no período da segunda guerra mundial foi o primeiro ministro da Grã-Bretanha (Inglaterra), Winston Churchill. No final de sua vida encontrou-se com o evangelista norte-americano Billy Graham, após uma cruzada evangelística em Londres. Billy Graham narra este evento em seu livro “A volta de Cristo”. Ele diz o seguinte: “Churchill estava sentado e ao seu lado havia três jornais e um charuto apagado”, ele se virou para Billy Graham e disse “Meu rapaz: quero lhe fazer uma pergunta: “Não creio que o mundo vá se aguentar por muito tempo, pode dar um pouco de esperança para um velho?”.
A pergunta de Churchill revela que aquele grande líder que combateu a crueldade da guerra e viu seu amado país quase ser totalmente destruído, havia perdido a esperança diante de tanta brutalidade e sofrimento. Esse sentimento de desesperança tem abatido muita gente. A Bíblia nos dá muitos exemplos de desesperança. Moisés quando escreveu esse texto (Gn 3:1-24) em forma de um sermão, ele o fez com o propósito de dar esperança, pois Israel não conseguiu viver “A boa criação” de Deus.
Devemos lembrar que os descendentes de Jacó no Egito perderam a esperança quando ficaram lá por mais de 400 anos como escravos, seus filhos foram afogados no Nilo, e, mesmo, depois de terem passado pelo mar vermelho a caminho da terra prometida perderam a esperança, quando chegaram ao deserto. Toda uma geração se prostrou no deserto em quarenta anos, só sobrando Moisés, Josué e Calebe. Mas não para por aí… Israel depois de ter atravessado o Jordão com Josué e ter se estabelecido, tempos depois em sua rebelião foram levados para o cativeiro, perdendo assim a esperança de voltar um dia a Jerusalém.
O que aconteceu com a boa criação de Deus? Por que a vida é tão difícil? Por que tanto sofrimento e dor? Por que morremos? Por que essa pandemia? Winston Churchill estava sem esperança, talvez porque ele interpretava o mundo através de sua amarga experiência na guerra. Assim como Churchill, as pessoas sabem que estão vivendo em um mundo corrompido, que está transbordando dos mais diversos problemas que assolam a humanidade. O mundo está infestado de doenças, guerra, ódio, injustiça, catástrofes e morte.
Diante da indagação de Churchill, Billy Graham só poderia fazer uma coisa. Ele abriu sua Bíblia e contou a Churchill tudo sobre a volta de Jesus Cristo. Winston ficou sabendo que toda a dor e sofrimento serão gloriosamente varridos deste mundo. Mas, até que chegue esse dia, diz a Bíblia, o sofrimento será parte da vida a quem ninguém conseguirá escapar, mesmo os cristãos. Por isso, não podemos nos esquecer do nosso Senhor Jesus, que prometeu nos consolar, conforme lemos em Apocalipse 21:4-7:
“E lhes enxugará dos olhos toda lágrima, e a morte já não existirá, já não haverá luto, nem pranto, nem dor, porque as primeiras coisas passaram. E aquele que está assentado no trono disse: Eis que faço novas todas as coisas. E acrescentou: Escreve, porque estas palavras são fiéis e verdadeiras. Disse-me ainda: Tudo está feito. Eu sou o Alfa e o Ômega, o Princípio e o Fim. Eu, a quem tem sede, darei de graça da fonte da água da vida. O vencedor herdará estas coisas, e eu lhe serei Deus, e ele me será filho.”
Apocalipse 21:4-7
Rev. Wilson Penalva